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Design Thinking ou pesquisa quantitativa? Entenda as diferenças e saiba quando usar cada método

Pesquisas de mercado quantitativas apoiam decisões em organizações de diferentes segmentos, mas a falta de profundidade pode deixar lacunas expressivas sem respostas.


 Para um levantamento de dados complexo e centrado no usuário, o ideal é fazer uso de metodologias com foco no usuário final, como o  Design Thinking.

Estes métodos são diferentes em relação ao que podem oferecer como valor, e também na entrega, aplicabilidade, ferramentas de apoio e duração do processo. Para compreender quando fazer uso do Design Thinking ou da pesquisa quantitativa é preciso entender as diferenças entre as duas.     

Conceito
O Design Thinking pressupõe uma análise profunda do comportamento do usuário. A partir de pesquisas presenciais, de campo e em profundidade, são identificados anseios, necessidades e problemas enfrentados pelo usuário. Os dados brutos levantados são analisados por profissionais especializados, identificando pontos em comum para a construção da(s) persona(a)s. Estes perfis são a base para direcionar os  próximos passos, já que representam o usuário final, ou seja, o público-alvo.

A pesquisa quantitativa fornece dados numéricos, que são obtidos através de perguntas objetivas, em formulários padronizados. A metodologia pode fornecer dados numéricos sobre uma amostra volumosa, mas não há aprofundamento, o que impede a construção de padrões complexos de comportamento.

Objetivos
O Design Thinking é composto por fases distintas (Imersão, Análise, Ideação e Prototipação) para chegar a resultados complexos. Os dados numéricos são importantes, já que apontam padrões, mas o foco principal é fornecer insights ricos em informação estratégica.

Na pesquisa quantitativa, as respostas são compiladas, dando origem a números absolutos e porcentagens. O foco aqui é o volume de respostas, que pode até inferir algum tipo de padronização. No entanto, as necessidades e dores do usuário não são conhecidas profundamente e não há uma análise qualitativa das respostas, já que se baseiam em dados numéricos.

Amostras
O Design Thinking não tem como objetivo obter amostras numéricas volumosas, mas, sim, entender como se comporta aquele recorte. Já a pesquisa quantitativa, é muito utilizada para, por exemplo, divulgar estatísticas de intenção de voto para a população. Portanto, a amostragem precisa ser maior e, consequentemente, mais pessoas serão entrevistadas.    

Metodologia
O Design Thinking conta com entrevistas presenciais e em profundidade, discussões em grupo, sessões generativas, entre outras análises comportamentais. As perguntas possuem complexidade, evitando respostas muito objetivas. A ideia é obter o máximo de informação possível a cada contato com o usuário, que também pode ser gravado para análises mais detalhadas. Neste processo, são questionados indivíduos com diferentes características de idade, gênero, faixa etária, obtendo uma amostra múltipla e rica.

Já na pesquisa quantitativa, são utilizados formulários padronizados para entrevistar um recorte muito específico da população, em termos de idade, gênero, renda, localização geográfica, entre outros fatores. As perguntas são objetivas e podem ser preenchidas em formulários online, já que não possuem grande complexidade.

Ferramentas
O Design Thinking faz uso de diferentes ferramentas ao longo das fases do projeto. Na Imersão, são utilizados os Critérios Norteadores, os Cadernos de Sensibilização, a Observação Direta e o Cool Hunting. A criação de personas, Sessão Generativa e Workshop de Cocriação são usadas durante a fase de Ideação. Já durante a Prototipagem, é possível fazer uso de protótipos de papel, encenação, entre outros.

No caso da pesquisa quantitativa, as ferramentas utilizadas se limitam ao formulário online, com as perguntas padronizadas, e métodos de análise numérica.

Aplicabilidades
O Design Thinking pode ser aplicado em qualquer segmento de negócios e apoia tanto o lançamento de novos produtos ou serviços, quanto em processos internos de inovação. É especialmente útil para conhecer profundamente o usuário final, propondo soluções assertivas. Por outro lado, a pesquisa quantitativa pressupõe entregas numéricas e é ideal para fornecer dados estatísticos, como nas pesquisas de intenção de voto.

Como é possível perceber, o Design Thinking e a pesquisa quantitativa possuem diferenças expressivas desde a metodologia e ferramentas utilizadas, até as aplicações e entregas. No entanto, se forem utilizadas de forma correta, podem ser complementares.

A metodologia do Design Thinking é composta por 3 fases distintas e complementares:

. Imersão
É a fase de aproximação do problema. A equipe busca mergulhar nas implicações do desafio, estudando tanto o ponto de vista da empresa, quanto do usuário final.

. Análise
É o momento de analisar os dados coletados nas entrevistas para construção das personas.

. Ideação
É o momento de, efetivamente, começar a “pensar fora da caixa”, propondo soluções para o problema.  

. Prototipagem
Fase em que é possível tangibilizar as ideias selecionadas. Com o protótipo em mãos, é possível validar a solução junto ao usuário final. Em um processo de melhoria contínua, os testes aprimoram e entregam a melhor versão.   


Quer aprofundar seus conhecimentos em Design Thinking e entender como a metodologia pode apoiar suas decisões de negócio? Confira nosso infográfico Design Thinking x Pesquisa Quantitativa  

Design thinking e pesquisa quantitativa

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