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Ideação: o que é, etapas e ferramentas para realizar na prática

Entenda tudo sobre a ideação, segunda fase do processo de design Design Thinking. E uma das mais importantes desta jornada.


Se você estuda sobre Design Thinking há algum tempo, provavelmente já leu em algum lugar que essa metodologia é composta por quatro fases principais: imersão, análise, ideação e prototipagem.

No blog da MJV, inclusive, nós temos um conteúdo que explica brevemente cada uma delas. Mas, no post de hoje, nós queremos nos aprofundar especificamente na segunda etapa desta lista e convidamos você a fazer parte desta conversa.   

Apenas para recapitular, o Design Thinking é uma abordagem estruturada de inovação que busca gerar soluções que alinham o desejo e as necessidades do usuário consumidor à geração de valor para o negócio.

Justamente por trazer esse foco na geração de soluções inovadoras, a ideação acaba se destacando como uma das fases mais importantes desta jornada.

Na sequência, explicaremos tudo o que é preciso saber sobre o assunto. Acompanhe!

O que é a ideação?

Dentro da abordagem do Design Thinking, a ideação é a etapa dedicada à formação de novas ideias.

Ou seja: após mergulhar em um problema específico (etapa de imersão), o desafio é efetivamente começar a “pensar fora da caixa” e propor formas de solucioná-lo.

Para que isso de fato aconteça, recomenda-se o envolvimento de profissionais com diferentes expertises, capazes de contribuir em diversas perspectivas.

Sendo assim, a ideação geralmente conta não apenas com a participação da equipe multidisciplinar do projeto, mas também de outros membros como usuários e profissionais de áreas que sejam convenientes ao tema em estudo.

Além disso, são utilizadas práticas de estímulo à criatividade, o que ajuda na geração de soluções que estejam de acordo com o contexto do assunto trabalhado. Mais para frente, daremos detalhes sobre elas. 

→ Leia também: Imersão Design Thinking: como funciona essa fase?

Importância dessa fase para o Design Thinking

Antes de falarmos sobre as etapas da ideação, precisamos deixar claro qual é a importância que ela tem para o Design Thinking: basicamente, é aí que começam a surgir propostas para solucionar o problema ou desafio que está em jogo.

Na ideação, as pessoas envolvidas no projeto são incentivadas a pensarem criativamente, explorarem novos caminhos e compartilharem insights com seus pares.

Posteriormente, haverá um momento para que as melhores ideias sejam refinadas e testadas, até que seja possível chegar às soluções finais. Mas, antes disso, é fundamental que exista um espaço seguro, para que as ideias fluam sem julgamentos.

Ao permitir que isso aconteça, o processo de ideação aumenta a colaboração entre a equipe e as aproxima de criar soluções únicas para os clientes.

Etapas da ideação

Agora que você já sabe o que é ideação e qual a importância para o Design Thinking, podemos enfim apresentar as principais etapas que fazem parte dela.

A ideação geralmente se inicia com a equipe de projeto realizando Brainstormings ao redor do tema a ser explorado. Em seguida, monta-se uma ou mais Sessões de Cocriação com usuários ou equipe da empresa contratante.

As ideias geradas ao longo desse processo são capturadas em Cardápios de Ideias que são constantemente validadas em reuniões com o cliente utilizando, por exemplo, uma Matriz de Posicionamento.

Ficou um pouco confuso entender tantas terminologias? Não precisa se preocupar… A partir de agora, vamos explicar como funciona cada uma dessas ferramentas.

1. Brainstorming

O Brainstorming (ou tempestade de ideias, em português) já é um velho conhecido de muitas empresas. Como o próprio nome sugere, trata-se de uma técnica voltada para a geração de um grande número de ideias em um curto espaço de tempo.

No processo de Ideação, o Brainstorming possibilita uma abordagem rica para gerar insights em cima de questões relevantes que nasceram durante as fases de Imersão. Para isso, é preciso cumprir quatro preceitos fundamentais:

  • Não criticar nem permitir críticas às ideias propostas, para não atrapalhar o processo criativo. A avaliação ficará para um momento posterior;
  • Incentivar a produção de uma ampla gama de ideias. Neste caso, quanto maior a quantidade, maior é a chance de produzir uma solução inovadora e funcional;
  • Construir ideias a partir de outras, seja por meio de combinação, adaptação ou transformação. O Brainstorming deve ser 100% colaborativo.
  • Motivar as pessoas a compartilharem ideias ousadas, mesmo que elas não tenham sido completamente elaboradas.

Ah! Antes de iniciar uma sessão de brainstorming, é importante que o objetivo esteja muito bem definido para todos os participantes, ok? Isso ajuda a evitar distrações.  

 2. Workshop de Cocriação

Após o Brainstorm, entraremos na fase de Cocriação. Aqui, os participantes são convidados a interagir na geração de ideias de forma colaborativa, por meio de uma série de atividades em grupo.

Um ponto interessante do Workshop de Cocriação é que ele permite a participação de pessoas envolvidas tanto diretamente, quanto indiretamente no projeto. Isso inclui até mesmo o usuário final e pessoas da empresa contratante.

Os encontros são formados por atividades dinâmicas de curta duração, bem como, por apresentações das ideias geradas. O desafio dos organizadores é pensar em exercícios estimulantes, que auxiliem e propiciem um trabalho realmente colaborativo.

 3. Cardápio de ideias

Concluídas as duas fases anteriores, será importante sintetizar todas as ideias levantadas até aqui a fim de tornar o processo de tomada de decisão mais fácil. É então que o Cardápio de Ideias entra em cena: um que serve para documentar e tangibilizar as ideias geradas de forma organizada.

Uma dica bacana ao montar o Cardápio de Ideias (seja ele impresso ou digital) é incluir espaços em branco, para que seja possível registrar comentários ou até mesmo inserir novas ideias que surjam mais à frente.

4. Matriz de posicionamento

Por último, chegamos à Matriz de Posicionamento: uma ferramenta de análise estratégica das ideias geradas, utilizada na validação destas com o objetivo de apoiar o processo de decisão.

Geralmente, ela é adotada em reuniões entre a equipe de projeto e os clientes, da seguinte forma:

  • Primeiro, listam-se as ideias geradas no projeto (é possível agrupá-las por semelhança);
  • Cruzam-se as ideias aos critérios norteadores e/ou às personas criadas nas etapas anteriores do projeto;
  • Por fim, forma-se uma matriz que é preenchida colaborativamente, avaliando como cada ideia atende a cada requisito.

Pronto. Agora você já conhece mais profundamente as principais etapas da ideação!

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